2 de julho de 2009

Diploma pra quê?


Imagino que não seja novidade para ninguém toda essa palhaçada que estão fazendo com relação ao diploma para o curso de Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo. Pois bem, no dia 17 de junho os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiram que o diploma de Jornalismo não deve mais ser obrigatório para o exercício da profissão. Para o relator, Gilmar Mendes, um dos motivos para essa decisão é que "as notícias inverídicas são grave desvio da conduta e problemas éticos que não encontram solução na formação em curso superior do profissional", ou seja, a faculdade de jornalismo não ensina seus alunos a serem éticos na profissão. Por que será que precisamos de uma disciplina que se chama Ética Jornalística? Para ser esquecida, assim como faremos com nosso diploma?

Se essa decisão não for modificada, nós formandos em jornalismo, teremos que conviver com cursos do tipo "Aprenda Redação Jornalística em 30 horas/aula", e pior ainda, arriscar de perder nossos empregos para o perfil de alunos que irão frequentar esses cursos. Os bons profissionais poderão ser valorizados, mas, a mão de obra barata muitas vezes é mais chamativa para grande parte das empresas.

O que sei até o momento é que o senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE) apresentou na última quarta-feira, 1° de julho, proposta de emenda à Constituição (PEC) que vincula, obrigatoriamente, o exercício da profissão de jornalista aos portadores de diploma de curso superior de Jornalismo, expedido por curso reconhecido pelo Ministério da Educação. A PEC tem como objetivo superar o impasse provocado pela decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

Enquanto tudo isso não for resolvido, aguardarei com meu diploma debaixo do braço, ou melhor, dentro de um porta retratos, exposto em um canto privilegiado na estante da minha sala. Isso para mostrar a todos que me formei em um curso que não exige diploma, mas me garante prisão em cadeia especial. Até quando? Enquanto for oportuno para ELES!

2 de junho de 2009

Evolução

Um dia desses lendo de costume os sites me deparei com uma matéria que falava de um livro que tinha como título algo mais ou menos assim "Homens tem medo de amar". O interessante era o caso inicial que contava a história de uma menina que conheceu um rapaz e ele ficou ligando marcando de sair e no dia confirmou mas nunca apareceu. Só que antes era ele não ter aparecido, mas pior ele passou por ela uma semana depois e fingiu que não a conhecia. Aposto que a garota ficou perguntando o que aconteceu de errado, o que ela tinha feito e ficou com aquela incerteza a atormentando dias.
O fato mais curioso é que em toda rodinha de mulheres conversando o assunto é o que está acontecendo com os homens. As conclusões são absurdas, mas podem ser verdades absolutas. Ou evoluimos mais que eles e eles atracaram no caminho ou estão apenas fingindo de bobo para ganhar crédito. Mas será que todos resolveram fingir de bobo ao mesmo tempo? Tem homem que depende apenas da mulher, imagino como era antes dele conhecer a esposa, namorada, devia ser grudado na mãe. Homens que não tem coragem de marcar um próprio médico, não tem atitudes e ainda reclama quando a mulher toma parte das coisas.
Algo errado está acontecendo. Tem mulheres que já até cansaram de procurar homens perfeitos, espertos e com um pouco de vontade própria, elas cansaram porque no final eles sempre vão acabar aceitando metade das coisas que elas falarem sem reclamar, apenas só para agradar.

19 de maio de 2009

A arte da tecnologia

Quem diria, há uma semana li uma reportagem que uma atleta de natação do clube Pinheiros, Ana Carvalho, pagou R$1.300 em um maiô da marca Jaked. Na matéria ela disse que havia encomendado um maiô, mas não chegou a tempo para o Troféu Maria Lenk, realizado no Rio de Janeiro e a última seletiva para o Mundial de Roma. Quem vendeu o traje que gerou polêmicas desde seu lançamento onde atletas bateram recordes de muitos anos, foi a atleta Fabíola Molina.

O pai de Ana Carvalho desembolsou a quantia e a filha foi para a piscina nadar os 50m peito. Com todo o treinamento e a ‘ajudinha’ do maiô ela conseguiu o feito, entrou na lista de brasileiros a participar do Mundial. Tudo bem que o mérito é do atleta que passou semanas, meses treinando para conseguir um ótimo resultado, mas que o traje ajuda, ajuda mesmo.

A FINA (Federação Internacional de Natação) vendo que os recordes não duravam nem um mês, resolveu fazer testes nos tão famosos maiôs. E o resultado, o Jaked e o X-Glide foram vetados. E agora os recordes batidos com ele serão anulados.

No começo do ano a FINA proibiu o uso de duas peças na hora de nadar. Agora com esta tecnologia toda voltada para que o nadador flutue mais e deslize mais na água, pode acabar com os treinamentos. O maiô não ajuda sozinho, mas faz a diferença. Se todos os nadadores brasileiros tivessem acesso aos modelos de traje seria mais justo as competições. Mas os preços não alcançam a todos.

Acho que o certo é voltar a famosa sunguinha e maiô. Como disse o ex-recordista Djan Madruga, que viu seu recorde de mais de 20 anos ser batido. Em suas palavras ele disse que daria o prêmio em dinheiro quem conseguisse bater o recorde só de sunga.

4 de maio de 2009

Sobre a modernidade...



Gostei dessa tirinha e resolvi postar no dia de hoje. Tem tudo a ver com o momento atual, em que esquecemos o verdadeiro sentido das coisas. Tudo agora é digitalizado, tudo está ligado às novas mídias, enfim... é isso!

27 de abril de 2009

Nosso Dinheiro é dos Famosos

O uso indiscriminado de dinheiro público já se tornou uma prática cotidiana dentro das Câmaras Municipais e Assembléias Legislativas espalhadas pelo nosso país. De tão comum, nossos representantes já consideram nossa contribuição como parte integrante de seu salário, que, diga-se de passagem, está muito acima do piso salarial previsto no Brasil.


Já saiu na imprensa o caso do deputado Fábio Faria (PMN-RN), que presenteou a ex-namorada, a apresentadora da TV Bandeirantes Adriane Galisteu, com passagens aéreas que a princípio seriam de uso da própria Câmara. Segundo o deputado, essas passagens foram dadas à apresentadora na época em que ainda eram namorados. Além de Adriane Galisteu, foram contemplados com tal presente os atores Kayky Brito, Stephanie Brito e Samara Felippo, os empresários Cláudio Torelli (amigo de Galisteu) e Maiz Oliveira, a estilista Ian Acioli, a joalheira Roseli Duque, a arquiteta Viviane Teles, o cantor Fábio Mondego e o jornalista Nelson Sacho (assessor de Galisteu).


Após toda a repercussão do caso, esse grande amigo dos famosos disse, através de uma nota na imprensa, que devolveu o dinheiro referente aos valores das passagens, mas, ao ser perguntado sobre Adriane Galisteu, afirmou que não devolverá o que corresponde a ela, pois na época era então parte de sua família.


Esse é o preço que pagamos por não ter acesso a um cargo no governo. Ao contrário dos deputados, trabalhamos pelo menos cinco dias por semana, pagamos impostos altíssimos, e tudo isso pra bancar as namoradas, mulheres, amantes, amigos e até mesmo desconhecidos dos nossos representantes.


Apesar de Fábio Faria possuir um bom discurso sobre ética na política ao afirmar em sua nota de esclarecimentos à imprensa a frase "Desde que assumi meu mandato como Deputado Federal, defini como uma das minhas prioridades atuar com transparência e com probidade nos meus atos parlamentares" o que percebemos é que sua grande qualidade é a mesma da maioria de seus colegas de trabalho. São ótimos em seus discursos, mas na hora de colocar em prática, tem uma péssima memória. Em resumo, um bom discurso para esse tipo de político deveria ser o famoso ditado popular "Façam o que eu digo, mas não façam o que eu faço".