19 de janeiro de 2009

De olhos no exemplo de Abraham Lincoln


A maratona de cerimônias de posse da Presidência Norte-americana já começou. Desde o último sábado, dia 17, a família Obama têm participado de festividades. Sempre se inspirando em Abraham Lincoln, o novo presidente não se intimida com as espectativas criadas em torno do seu Governo. Lincoln assumiu o país sob ameaça de guerra civil no ano de 1861 e levou o Norte à vitória contra o Sul na Guerra de Secessão, conseguindo a abolição da Escravidão. Barack Obama chega ao poder para provar que o povo americano já não suporta mais viver em meio ao preconceito racial, que perdurou mesmo após a abolição. Obama terá de lidar com as guerras do Iraque e do Afeganistão, que já causaram a morte de 6 mil soldados dos EUA, e, ao mesmo tempo reverter a crise da economia do país.


O novo líder e sua família viajaram de trem da Filadélfia a Washington assim como Lincoln fez em 1861. Hoje, feriado de Martin Luther King, a comitiva presidencial dedica o dia ao serviço comunitário. Amanhã, terça-feira, ocorre a posse que terá uma abertura feita pela senadora Dianne Feinstein e a bênção do pastor Rick Warren. Na sequência, Aretha Franklin, a "Rainha do Soul", irá cantar para que, logo após Joe Biden assuma o cargo de Vice. Antes do juramento, a platéia ouvirá uma música composta por John Williams para a posse, que será executada por um quarteto multiétnico. Obama fará o juramento de 35 palavras com a mão sobre a Bíblia utilizada pelo presidente Lincoln. A afro-descendente Elizabeth Alexander recitará um poema que será seguido pela bênção do reverendo Joseph E. Lowery, líder de movimentos sociais. Ao fim da cerimônia 200 convidados irão para o Salão de Estátuas do Capitólio para o almoço inspirado em Abraham Lincoln, com cardápio de frutos do mar.


A pergunta que fazemos agora é, Barack Hussein Obama conseguirá atingir as espectativas mundiais? A nós, o que resta agora é ficar na torcida.

2 comentários:

Ricardo Nespoli disse...

Infelizmente eu não espero nada dele, pelo menos nada de bom... Ele vai ser um presidente dos EUA como todos os outros, vai ceder ao lobby da indústria armamentícia e permanecer em guerras como todos os outros, irá flexibilizar ao máximo as leis trabalhistas para passar da crise (que eu não te mandei ainda o texto, rs), meterá o nariz onde não é chamado e lutará para manter o sistema do jeitinho que é... Só que ele é negro, e isso realmente é uma grande diferença... Mas a Condoleeza Rice também era, e nem por isso as coisas melhoraram...

Mila disse...

Concordo com vc, Nespoli, quando diz que ele será um presidente dos EUA como qualquer outro. Mas prefiro crer que ele tentará modificar os rumos da história, por mais que isso seja apenas um sonho meu. Afinal, sonhar é bom e é de graça (por enquanto).