12 de janeiro de 2009

O Presente


Abro os olhos e vejo que amanheceu. A cortina deixa entrar um pouco de claridade. Parece ser um dia lindo. Abro a janela do meu quarto. Peraí, desde quando esse é meu quarto? Tudo está tão diferente. Parece uma decoração rústica e ao mesmo tempo tão agradável. Ao abrir a janela, tenho uma visão maravilhosa: Um vale lindo, vejo ao fundo montanhas, muito verde misturado com cores inimagináveis até então. Respiro fundo para sentir o cheiro. E que cheirinho bom! É um cheiro de... Natureza! Engraçado... Até ontem o que via pela janela eram carros, muitos carros barulhentos, e o cheiro, era de fumaça. Bem, prefiro ficar com o que vejo agora. Saio do quarto, passeio pela casa à procura de alguém, ou da cozinha, pois a fome já estava me matando. A casa é pequena, mas bastante aconchegante. Muitas janelas grandes, todas com vista para o vale. Sigo em um corredor e ao final, à esquerda, encontro a cozinha. Havia uma mesa posta, com um café da manhã dos deuses! Mas, onde estão as pessoas? Estou sozinha? Tento chamar alguém, mas minha voz não sai. É como se estivesse muda. Ao invés de ficar desesperada, fico em paz. Sento para degustar aqueles alimentos que estavam ali pra mim. Depois de me alimentar, saio para descobrir onde estou e quem me deu aquele lindo presente. Após andar por alguns minutos, escuto um barulhinho gostoso. Parece alguma nascente, não sei bem, mas parece barulho de água. Vou caminhando para a direção de onde vem o barulho. A cada momento sinto estar mais perto. De repente deparo com uma cachoeira linda. Sento em uma pedra e fico ali, por um tempo que não sei definir. Fico pensando em várias coisas ao mesmo tempo, e, na verdade, não penso em nada. É uma mistura de prazer e paz. Mistura perfeita! Olho para os lados e não vejo ninguém. Só o que vejo são pássaros coloridos e aquele lugar perfeito. Logo penso: Vou entrar nessa água que deve estar muito boa. Não estava preparada para nada daquilo. Ainda nem sabia que lugar era aquele. Mas, já que estava sozinha, não teria problema nadar nua. Tirei a roupa e entrei na água. Que boa era aquela sensação. Liberdade! Enfim posso fazer o que quero sem ser vista nem julgada por ninguém. Um dia ainda vou descobrir quem me deu esse presente maravilhoso!

2 comentários:

May Horta disse...

Eu quero um presente assim, que me dê uma sensação de paz e felicidade!
Ah, claro! E de liberdade também! ^^

disse...

Que lindo texto!!! Arrasou!! xD

Também quero um presente assim...

^^